A busca de um rendimento esportivo cada vez mais alto, aliado um corpo perfeito tem levado muitos atletas e esportistas a uma síndrome denominada RED-S (Relative Energy Deficiency in Sport) ou síndrome de deficiência energética relativa no esporte.
Os Portadores aos poucos vão desenvolvendo outras alterações como anemia, fadiga crônica e aumento do risco de infecções.
Além de alterações no perfil de lipídicos e alteração da função vascular com aumento do risco cardiovascular de infarto e derrame cerebrais.
Apesar de ter prevalência no sexo feminino, nos homens a categoria esportiva predomina no ciclismo, seguido do atletismo e salto.
Assim como nas mulheres a baixa ingestão calórico-proteica reduz a taxa de testosterona causando perda muscular e redução da massa óssea.
A Síndrome da Deficiência Energética começa com alterações de humor e sono, queda de rendimento, aumento do número de lesões osteo-articulares, redução da taxa de crescimento em adolescentes, perda exagerada de peso e alterações menstruais que coincidem com pico de aumento de volume de treino.
O tratamento envolve adequação da taxa proteico-calórica e das consequências causadas pela síndrome como infecções crônicas e fraturas estresse.
O atleta deve ser acompanhado por uma equipe multidisciplinar envolvendo nutricionistas, psicólogos, fisioterapeutas, médico do esporte, endocrinologista e ginecologista.
O retorno ao esporte deve ser gradual e acompanhado de perto pelo médico do esporte, dosando-se o volume de treino, prevenindo a recidiva.
A Síndrome da Deficiência Energética pode ocorrer em qualquer pessoa que que pratique esportes em alto volume, por isso não exagere!
Dr Paulo Cavalcante – Ortopedia Esportiva e Cirurgia do Joelho
CRM 26504 | TEOT 16690 | RQE 18002